Dengue avança e supera 600 casos em Juiz de Fora
segunda-feira, 1 de abril de 2013A Secretaria de Saúde confirmou 602 casos da doença na cidade e 893 notificações. A auxiliar administrativa Gisele Alves está mais aliviada. Ela, que já teve dengue, estava desconfiada de que o filho Bernardo, de 4 anos, estivesse com a doença. “Porque ele estava com umas manchas na bochechas e na parte das costas e estava muito semelhante a dengue. Aí levei ele ao médico e graças a Deus era só uma virose”.
Eles moram no bairro Santos Anjos, um dos que estão com maior índice de infestação do mosquito: 12,68%. “Meu vizinho aqui de cima estava no hospital porque ele estava com dengue desde sábado. É conscientização mesmo da população, porque se a gente cuidar do nosso quintal, da nossa laje, manter as coisas limpas e organizadas, isso não acontece”.
No último levantamento do Índice Rápido de Infestação do Aedes Aegypti, o LIRAA, mais de 6500 imóveis na cidade de Juiz de Fora foram visitados em 201 bairros de Juiz de Fora. Em 66% do total, o mosquito transmissor da doença foi encontrado. O mato alto e o lixo espalhado incomodam os moradores do bairro.
Bem perto, no bairro guia São Bernardo, a situação é parecida. O local registrou o mesmo índice de infestação. Em vários prédios, é possível ver a água parada na laje. E alguns cenários de risco: como esta piscina vazia e baldes em locais descobertos.
No topo da lista de infestação da dengue, em segundo lugar, estão bairros como o Alto dos Passos, Santa Cecília, Mundo Novo, Cascatinha e Teixeiras com o LIRAA de 11,38%
Sagrado Coração, São Geraldo, Ipiranga, Jardim de Alá, Santa Luzia, Guaruá e Bom Pastor são alguns dos bairros onde o índice também é considerado alto: 9,94%.
A média do último LIRAA em Juiz de Fora é de 7,75%. O Ministério da Saúde considera aceitável o índice de até 1%.
Para ajudar no combate da doença, várias estratégias são adotadas… O fumacê costal, que é este equipamento levado diretamente nas costas do agente de endemias. O que permite que eles cheguem em locais de difícil acesso, onde há o maior número de focos do mosquito. “A eficácia é comprovada, essas partículas que são aplicadas, ficam em suspensão no ar pelo menos por 2h. E essas partículas vão aderindo aos mosquitos adultos e matando só o adulto”, explica o coordenador de campo Juvenal Franco.
Apenas os bairros com casos notificados da doença vão receber a ação. Na máquina, são em média 13 litros da mistura com inseticida. Os agentes usam equipamentos especiais para manusear o produto. Equipes passaram pelo bairro Santo Antônio esta semana. No local, moradores temem que a doença se espalhe. “Se todo mundo tomasse a precaução não teria problema de dengue”, diz a aposentada Maria Isabel Martins. “O que adianta eu cuido da minha frente, da minha casa e vai adiantar o quê?”, perguntou a dona de casa Onília Gonçalves.
Fonte: Mega Minas
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